Dica de Livro: Patti Smith - Só Garotos


"Antes de se tornar famosa, a poeta e performer Patti Smith dividiu a cama, a comida e o sonho de ser artista com o fotógrafo Robert Mapplethorpe, a quem prometeu escrever este livro, pouco antes que ele morresse".

Patti Smith, uma jovem garota com menos de 20 anos, vinda de uma família modesta do interior de Nova York começa a perceber que não se enquadra muito bem ao estilo de vida daquela cidade e das pessoas em sua volta. Sua mãe, leitora nata de romances e grandes escritores, ensinou a pequena Patti e ler ainda criancinha, e essa nova experiência só fez crescer dentro dela o enorme desejo e criar asas.
No final dos ano aos 1960, Patti resolve dar rumo a sua vida, está decidida a se mudar para Nova York e tentar sua vida por lá. Antes disso ela engravida ainda muito jovem de um rapaz da escola, sem condições para criar a criança Patti resolve colocá-la em adoção -embora com uma certa dor no coração. Sua vida começa a mudar, mas antes de ser para melhor, para pior... Patti, ao mudar-se para NY vai sem nada nos bolsos, apenas algumas trouxas de roupas e um livro do Rimbaud na mala e uma forte esperança de dar tudo certo. 
Em sua nova cidade, teve de se virar como pode: trabalhava e dormia em livrarias, vagava pelas ruas de Manhattan sem destino, dividiu sua comida com um mendigo e às vezes precisava roubar seus colegas de trabalho para manter sua sobrevivência. 
Em um de seus trabalhos, Patti conhece aquele que tornou-se seu grande amor e depois seu grande e terno amigo. O jovem rapaz de cabelos cacheados que usava colares de contas, Robert Mapplethorpe - que veio a se tornar o pai da fotografia surrealista erótica-, o qual conviveram juntos por anos, comungando do mesmo desejo de se tornarem grandes artistas - e de fato, tornaram-se. 
Só Garotos é fruto de uma promessa que a então compositora e performer Patti Smith prometeu escrever antes da morte de Robert, que veio a falecer em 1989 com o vírus HIV. O livro foi premiado entre os melhores trabalhos de não-ficção já escritos até hoje. Nele Patti aborda sua relação com Robert, seus desejos e impulsos criativos que resultavam em verdadeiras obras de arte, a homossexualidade de Robert e a relação com grades artistas. Suas constantes mudanças de apartamentos e para um quarto no Hotel Chelsea, que Patti tratava como um 'santuário', pois ali passaram pessoas influentes da literatura, música e artes, e que ela possuia uma enorme admiração.
Constantemente conhecendo pessoas influentes e inspiradoras o ciclo de amizade dos jovens se resumia entre o contato com Janis Joplin, Andy Warhol, Jimi Hendrix, Salvador Dalí e muitos outros artistas e escritores.
É um livro para se sentir na pele, se deixar emocionar e comover pela sensibilidade e pelo tom fraco e irreverente, um romance entre dois artistas do século XX que casaram seus desejos, ousaram e expressaram de tal modo que sua arte viverá para sempre. 













1 comentários:

Celina disse...

ela é foda

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